Uma pesquisa da Abihpec sobre dados de consumo mostrou que a categoria de produtos desodorantes pessoais movimenta em média 3,3 bilhões de reais por ano. O Brasil segue em liderança nos dados de consumo de produtos de higiene relativos a fragrâncias e desodorantes. Esse dado não só revela um consumo desenfreado, como também nos alerta para a necessidade de informação em relação aos perigos que esses produtos podem causar.
Muitas vezes o grande apelo utilizado em publicidades buscando atingir o público adolescente, acaba por mascarar os perigos presentes no uso dos aerossóis, incentivando sua compra e consumo de forma irresponsável.
Especialistas alertam que o excesso do uso de desodorantes spray e a inalação de produtos químicos presentes em sua composição podem causar reações alérgicas na pele, asma e dificuldades respiratórias. Um dos casos mais graves de inalação dos gases presentes nos desodorantes ocorreu com o garoto inglês Daniel Hurley, que sofreu um ataque cardíaco após inalar os solventes presentes no desodorante.
Reprodução – Arquivo Pessoal Daniel Hurley.

As tentativas de reanimar o garoto foram inúteis e Daniel faleceu cerca de 10 minutos depois do início do ataque. Em depoimento dado pelo pai de Daniel, ele esclareceu que por causa da fase de puberdade, o corpo do garoto vinha sofrendo algumas alterações e, devido ao suor em excesso, ele usava abusivamente desodorantes spray da marca Lynx (conhecida como Axe no Brasil) chegando até a incomodar algumas pessoas.
A falta de informação e falta de leitura dos rótulos faz com que os consumidores ignorem os avisos de que os desodorantes spray devem ser utilizados em rajadas curtas e em locais ventilados, nunca devendo ser utilizado em banheiros ou quartos de portas fechadas.
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